sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Meu sol

Eu ainda vejo cada amanhecer com a magia da primeira vez que lhe vi.
Eu sinto a chuva como se ela purificasse a minha alma, assim como seu sorriso.
Sinto o sol aquecer a minha pele, assim como cada vez que seu olhar se encontrava com o meu.

Você me mostrou que o sol bate em nossa pele como música,
acaricia nossa alma, e faz bem.
Ao seu lado, eu não me sentia pra baixo,
como em todos os dias escuros e frios da minha vida. 
Dias que estavam aqui antes de você chegar.
Dias que por mais que eu tente, minha mente insiste em lembrar.
E por mais que a minha mente se esforce, você ainda me faz esquecer.
Toda escuridão.
Como se fosse o meu sol, em um dia frio.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Insegurança.

Sabe, eu tenho vontade de lhe chamar para um café.
Um lugar bacana, que tenha um bolo de chocolate bem gostoso.
O tempo lá fora, esteja bastante agradável, e caia uma chuva inesperada.
Durante horas, perderíamos nossas mentes, em assuntos triviais e essenciais.
Comeríamos o bolo, deixaríamos o tempo passar, enquanto a xícara de café esfria.
O carro lá fora, molhado, saberia que não iríamos voltar tão cedo.
Conversaríamos sobre tudo. Sobre o mundo, sobre mim, sobre você.
Sobre nós.
A hora de irmos embora, nunca chegaria.
Preocupação com horário, estaria longe de tudo isto.
Falaríamos de tudo.
Falaríamos do quão agonizante tem sido esta distância.
Falaríamos do quão ruim foi ter permitido esta dúvida.
A noite cairia, e veríamos quanto tempo havia se passado.
O carro nos esperava, um pouco frio pela chuva que já havia deixado nossas conversas.
Estava tudo tão quieto. Estava tudo tão solitário.
Eu lhe levaria até sua casa. Sem nada pra dizer, um buraco entre nós.
Como pude ser idiota. Este era o motivo da insegurança.
Não queria deixar você ver o abismo aqui dentro.
De todas as minhas faces, esta é minha mais sombria.
Exatamente o que eu não queria lhe mostrar.
Você entraria em sua casa, com um olhar distante, tanto como se fossemos estranhos entre nós.
A cabeça baixa, iria mostra que não queria ter dito adeus, em todas as vezes que nos vimos.
E então, eu me lembraria de todas as despedidas.
Me esqueceria de todos os nossos sorrisos.
E veria todas as coisas que nunca dissemos.
Rever tudo que deveríamos ter dito, e saber que nos tornaríamos diferentes por isto.
E apenas, desistimos pela insegurança de não desabafar.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Fragmentos de uma alma doentia...

Eu realmente queria ter a resposta pra tudo.
Me torturo por isto, mas, quem sabe o que é no final?
Um plano, uma brincadeira, uma lição...
Só deus sabe...
Talvez ele tenha até esquecido o significado de tudo isto...
Depois de tanto tempo... De tantas histórias...
Talvez nunca houvesse um significado, ou até mesmo um deus.
Talvez apenas nós não queríamos abandonar esta realidade,
que tanto rejeitamos, e ao mesmo tempo, amamos...

Respostas

Um rosto estranho ao meu lado, me mostra todos os meus pecados.
Uma vida de mentiras, manchada com partes escuras que ninguém queria conhecer.
Um dia nublado, me mostrando a luz que eu não queria ter vivido.
Você me mostra minha escuridão, e me deixa sozinho agonizando.

Eu não posso mais amar algo assim.
Não sei nem se algum dia já houve algo em tudo isto.
Muitas partes em mim, querem manter este segredo guardado,
enquanto outras, queriam destruir tudo que existe ao meu redor.

Eu não quero odiar tudo isto, eu não quero mais fazer parte de tudo isto.
Eu sinto que fosse me desfazer, que fosse esquecer tudo isto.
Que eu realmente poderia me perder na escuridão,
mas isto não faria diferença.

Você sabe bem que não consigo me livrar de meus demônios.
Nunca fugi de minhas lutas, sempre bati de frente com as dificuldades.
me torturei por respostas, que muitas vezes me fizeram miserável.
Você sabe que eu sempre estive aqui, por mais que isso me mutilasse...

Como se...

Minha cara, como você faz isto?
Eu lhe vejo, e apenas sorrio,
como se este mundo não existisse, ou fosse cenas de um filme feliz.
Meus pensamentos, me abandonam, nada passa pela minha mente,
me torno um completo tolo.
Quando vejo teu sorriso, é inacreditável.
Nada que vi por este grande mundo, se compara.
Nada do que já presenciei, pode ser igualado.

É a coisa mais linda que já vi.

Como você faz isto? Como assim?
Você faz o meu sangue pulsar em minhas veias,
como se as mesmas estivessem suportando todo o oceano.
Minha pele se arrepia, a cada toque.
E mesmo assim, sinto que você está tão longe...
Como se nunca houvesse chegado aqui.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Quem sou eu?

Tantos eus em mim, coexistindo e se destruindo eternamente.

Criando dor e prazer, destruindo e construindo, me elevando, e amaldiçoando.

Tudo isto, em um ser que nem existe.
Como me definir? Como responder quem eu sou?
Como saber que tudo não é uma ilusão, e que a verdade é isto que vivo?
Perguntas me torturam sem ao menos existirem.
Eus que se matam dentro de mim, e constroem algo que nunca fui, e ao mesmo tempo, tudo que sempre fui.
Questões que causam agonia, e paz, ao ponto de me deixar são em um mar de loucura.
Como assim quem eu sou? Jamais seria capaz de responder tal indagação.
Todos os eus dentro de mim gritam a resposta ao mesmo tempo,
tomando a forma de um coro infernal e confuso,
e a melodia mais bela que já se teve notícia.
Existe prazer nesta loucura, e existe dor nesta sanidade.
Ao mesmo tempo que sou tudo isso, não sou nada.
Ao mesmo tempo que não sou nada, sou tudo isto.
Ao mesmo tempo que existo, deixo de existir, e ao mesmo tempo que aceito todos estes eus,

nego a minha própria existência.