quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Desencontros

Cada um de nós, seguiu por um caminho divergente.
Nossas palavras não se encontram mais.
Nossos heróis de tempos em que sonhávamos, simplesmente nos abandonaram.
Vivemos realidades que não desejávamos.
Não enquanto nossos sorrisos se refletiam...


Passos dados em direções opostas,
criaram uma distância que não podemos mais transpor.
Desencontros marcaram toda uma trajetória,
que em histórias não poderia contar...
Não enquanto nossos abraços pareciam eternos...


Não poderia, naquela época,
ver as imagens de um presente nublado,
e continuar a acreditar que o futuro que sempre sonhei
desaparecia como a energia que me abandona em uma tarde tediosa.


Para ser sincero, não acredito mais em nossa realidade.
Com tantos desencontros, fico a me questionar...
Por quanto irei suportar a distância?
Por quantos desencontros, ainda terei de suportar,
até o dia em que nos encontraremos definitivamente?

sábado, 17 de dezembro de 2011

Ar

Eu queria poder respirar agora.
Sempre fui daqueles que dá valor depois de perder.
Como todo ser humano.
Agora, é um pouco diferente.
Não posso mais, sentir o calor como você.
Ver o brilho do sol, ou as cores do mundo,
sentir os sabores que o mesmo nos trás.
Por não fazer mais parte deste mundo,
não posso mais olhar em seus olhos.
Não poderei, sentir o calor de seu corpo.
Não poderei, por toda eternidade, ser a razão de seu sorriso.
Ou tê-lo só para mim.
Eu queria poder respirar agora.
Este ar que você tanto desdenha, já não tenho mais.
Depois de morto, você começa a pensar coisas deste tipo.
Você passa a dar valor, ao simples ar que você tinha...

Luz


Eu não costumo mais sonhar.
Por tanto tempo em que passei submerso em dor.
Minhas cicatrizes, tomam a minha pele,
mesmo sendo invisíveis...


O seu abraço me mudou, e eu quis mais disto.
E claro, eu gostei de me sentir feliz.
Mesmo meu mundo estando em caos, tudo desmoronando,
eu quis estar ao seu lado...


Você, já foi o meu sonho.
Em um passado em que eu era melhor do que sou hoje.
Um tempo em que eu era forte para suportar
todos os golpes de uma vida amarga.


Você, é o meu sonho.
Em um presente que deixou marcas em uma alma qualquer.
Um tempo em que eu abri estas feridas em minha pele,
para tentar suprimir a falta de um coração.


O seu simples olhar, cheio de brilho...
O seu sorriso, recheado de alegria...
Me mudou.
Me trouxe luz, enquanto meus olhos eram cegos pelo sofrimento.

Filme

Bem, não esperava sentir tudo de novo.
Realmente eu confesso, seu abraço mexeu com algo aqui dentro.
De uma forma que não posso explicar.
Por não ter as palavras corretas.
Ou simples medo de entender o que aconteceu.


Desde a última vez que lhe vi,
daquela vez que lhe abracei a tanto tempo atrás...
Você mudou muito, eu vi isto.
Seu olhar, a energia que você emana, tudo isto.
Mudou. Tanto em você, quanto em mim.


Eu não sei o que dizer.
Mas, cada vez que te vejo, as minhas memórias se tornam como um filme.
Que eu nunca quis que chegasse ao fim.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Rei

E então, em minha arrogância, me tornei rei de um mundo vazio.
Ditei regras tiranas ao eco de minha própria voz,
escravizei minha própria vontade com desejos que não eram reais,
trancafiei sentimentos de mágoa em um coração frio e maltratado.


Me pergunto o que é que me aconteceu.
Como pôde um sorriso sincero não visitar minha face?
Onde está a alegria e felicidade que existe em minhas histórias?
Como meu caminho não me levou até você?


O paraíso, não existe em meu mundo.
Nunca soube o que é paz, a não ser por relatos de viajantes errantes,
que vez ou outra massavam por minhas terras.
meu reinado amaldiçoado.


Uma mente doentia, que acumulou sofrimento.
Uma mente desesperada, que não soube amar.
Um reinado, de pensamentos obscuros.
Que só você poderia ensinar o que é luz...

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Um ser humano

Talvez, em todos estes anos, eu tenha absorvido muita dor.
E por isto, tenha me tornado ríspido demais para lhe dar com seres humanos...
Realmente, tenho transformado a inteligência e sutileza de minhas palavras,
em arrogância e golpes profundos que deixarão muitas marcas.


Então, passando por cima de sentimentos com a desculpa de sentir dor,
venho tentando afastar as pessoas que gosto.
E isto, com certeza me traria uma dor ainda pior.
Mesmo tendo feito inconscientemente, seria doloroso.
Deste tipo de dor que eu não poderia suportar.


Por ser um ser humano, me valho de meu direito de errar.
Ainda que venha passando de meus limites.
Por ter sido um completo idiota, ter te feito derramar lágrimas,
lhe escrevo estas palavras.


Eu, passando por cima de um orgulho besta, peço desculpas.
Eu, movido por irracional ideia,
lhe feri.
Então, mais uma vez,
me desculpe. Por ter sido um idiota.
Por ter me tornado um ser humano.
Que tanto abominei.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Então, em sua ignorância...

Queria eu, sentir toda a alegria de uma amor só meu,
um abraço caloroso de alguém que lhe dá todos os sorrisos.
Sentir a vida fluir de alguém que completa o nosso mundo,
dizendo coisas idiotas, mas que salvam o seu dia.


Poderia ser egoísta para sempre,
guardar esta pessoa em meu coração e evitar que o mundo pudesse tirá-la de mim.
Ou apenas, tomá-la em um abraço eterno.


Mas então, perceberia que nem tudo são flores.
Iria ver o quanto seres humanos decepcionam,
te deixam em pedaços, te destroem por dentro.
Iria sentir tudo desmoronar, e a causa,
seria quem sustentava o seu mundo.


Por isso, não sinto esta alegria. Não sinto este calor
Por isso, é tão escuro e úmido aqui.
É exatamente isto que não tenho comigo.
A dor e felicidade que movimentam a vida.


Então, em sua ignorância, o homem criou o amor.
E nele, obteve toda a felicidade e toda a dor que poderia suportar.
Toda a dor e a felicidade que necessitava.
Toda a dor que tanto merecia...

domingo, 4 de dezembro de 2011

Eu estive em sua porta, e o silêncio foi a resposta.


Um dia, eu ainda lhe disse que isto iria acontecer.
Mesmo após todos estes momentos juntos,
juras que jamais iríamos nos separar,
eu lhe chamei e o silêncio foi minha resposta.


Eu queria te ver,
queria sentir o calor do seu corpo,
sentir o seu coração bater junto ao meu
queria não ter de sentir o mundo ao meu redor.


Eu, confesso, já esperava que você me desse as costas.
Quem iria querer um idiota ao seu lado?
Alguém que sentia seu mundo frio
se aquecer apenas por seu sorriso.
Um verdadeiro idiota,

que faria de tudo pelo seu abraço.
Um insano, que retalharia seu próprio corpo,
apenas para que sempre tivesse o seu beijo...


E, mesmo assim, ainda lhe procurei.
Mesmo que a chuva castigasse o meu corpo.
Ainda que cada gota d'água caísse sobre meus ombros como uma pedra.
Eu estive lá, na sua porta.
Apenas para não ser atendido...


Eu queria te ver.
Só por hoje, eu queria te ver.
Só por hoje, gostaria de sentir novamente seu abraço...
Só por hoje, apenas queria estar longe o suficiente.
Para me esquecer de você...


E então depois de tudo,
Me apaixonar novamente por você.
Sem saber, que no final,
iria sentir tudo mais uma vez...

domingo, 20 de novembro de 2011

Escrevendo pensamentos

Quem disse que eu não choraria?
por dentro, não passo de fragmentos de uma vidraça quebrada,
seu desprezo destruiu-me por dentro
e o que sobrou, eu mostro em uma casca aparentemente forte.


Apenas em alguns poemas, você poderá me ver como estou.
Do resto estarei sorrindo falsamente, com uma alegria que não é minha.
Sendo alguém que já não sou mais.


Abra seus olhos, sinta-me a sua volta,
veja que já não sorrio com tanta frequência,
e enquanto finjo este sorriso,
meus olhos estão mortos, frios como um abismo.


Acho que apenas escrevendo pensamentos,
posso ser sincero, comigo mesmo,
como um dia fui para você.
Sendo sincero com você,
aliviava minha alma.
Apenas escrevendo pensamentos...

sábado, 19 de novembro de 2011

Minha doce ignorância

E então, em minha ignorância, passei a me preocupar com você,
e me esqueci de mim.
E tantos foram os momentos em que ignorei a minha dor,
apenas para te ver sorrir.
Eu esperava sinceramente que você fosse se importar comigo,
e você sequer olhou em minha direção.
Por muito tempo, apenas ouvir o seu nome já era sinal de alegria,
eu sorria por fora, e me quebrava por dentro.
Todo o carinho que lhe dei,
respondido com a mais pura indiferença.
Momentos em que o seu abraço seria muito reconfortante,
e que você se armou com facas contra mim.
Ocasiões que meu grito suplicava que você parasse, gritos em que a dor era tangível,
e você não se deu o trabalho de ouvir.
Agora, não me importo mais.
Sim, isto mesmo.
Apenas de você estar viva,
me incomoda.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Indiferença

Eu me cansei de todas estas meias verdades.
Muitas das coisas, escondo em um lugar de minha alma que nem mesmo eu tenho acesso.
Poderíamos nos sentar e ver o quanto nossas mágoas nos ferem.
Mas prefiro evitar...


Ainda ignoro tanta coisa, que machuca e não me deixa em paz.
Esta ferida ainda sangra todas as vezes que nos vemos.
Ainda sinto o sangue jorrar por tudo que aconteceu.
Ainda sinto o ódio se erguer enquanto digo isto para meu reflexo no espelho...


Por qual motivo eu não consigo parar de me ferir?
Por que cada vez que eu te vejo, quero ressuscitar tudo que não aconteceu entre nós?
Por que eu não consigo me livrar deste sentimento?


E eu penso em tudo que aconteceu.
Ainda sinto o seu perfume no ar.
E não lhe encontro. Meu corpo não encontra o seu.
Ainda sinto, mas você não está lá.


Sente este vento frio?
Ele agride ainda mais a ferida que eu fiz em mim,
por te desejar.


Por isto, estou ignorando tanta coisa,
Finjo não te ver, finjo não te sentir...

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Amigo imaginário

Amigo, você tem um pequeno problema.
Amigos imaginários não existem.
Ninguém irá te salvar. Não existe um paraíso.
Ninguém irá te confortar. A ajuda não virá.

Fé? Faça me rir. Já me deram argumentos melhores.
Na verdade, já tive argumentos melhores. eu também já acreditei.

Eu, cegamente já pedi ajuda. Clamei por respostas que meus olhos não podiam ver.
E fui respondido com o silêncio.
Em situações desesperadas, já pedi por força.
E fui esquecido em meu próprio sofrimento.
E também já pedi perdão, e nada de conforto para o meu espírito.

Por mim, se perca em seus conceitos falhos.
Esta sua fé, não te manterá de pé.
Na verdade, será através dela que terá a sua ruína.
Acredite, eu já vi isto. Acredite, eu já vivi isto...

Chuva

Na verdade, chove aqui dentro, muito mais do que seus olhos podem ver.
Eu me distanciei do mundo material,
por ser uma dimensão cheia de pontas que rasgam a minha carne.
E por isso, você não vê o quanto eu preciso de você aqui.


Eu queria, queria que eu não tivesse este sentimento.
Algo que não consigo expressar em palavras, que corrói minha alma.
Algo que me arranca das muralhas que defendem o meu frágil castelinho de areia que guarda o meu coração.
Coração ferido. Coração despedaçado. Coração frio. Coração morto.


Queria que você pudesse ver a chuva dentro de mim,
sentir o quanto que minhas lágrimas caem internamente,
perceber o esforço que me custa todos os sorrisos para este mundo cinza e nublado.


Maldição. Sem esta chuva aqui fora, todos veriam.
Sim, eu choro.
Não da mesma forma que todos.
O meu choro, não produz som. Não saem lágrimas.
Mas ainda assim, eu preciso da chuva.
Ela lava as lágrimas que meus olhos não conseguem por para fora.


Chuva, eu te amo.
Você, me mantém forte o suficiente para sorrir para um mundo onde o sol brilha.
Com uma cor cinza e indiferente.
Em um mundo onde corpos te enganam e te apunhalam para ver o quanto você pode sangrar...

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Recordações

Em uma fria tarde de outono,
em que folhas caiam junto a lágrimas
em um rosto qualquer,
ente alguém via outro alguém partir...


Pedaços de recordações iam para longe,
junto com cada passo que você dava em direção ao vazio.
Tudo que você deixou para trás,
todos abraços que estão em um cemitério de memórias,
tendem a doer em meu coração...


E o sentido que um dia houve em minhas palavras,
some junto a sua imagem.
Eu ainda sinto a sua falta.
Mesmo que você tenha acabado de partir...


São recordações que sempre estarão em mim...
Coisas que me levam a você...
Recordações que machucam e curam ao mesmo tempo...

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Finais

Sonhos perdidos ditos como mentiras,
estradas abandonadas que rumam para o futuro,
mistérios esquecidos antes mesmo de vir à tona...


Quando você se for,
deixar tudo isto para trás,
lembrar que quem esteve do seu lado,
e chorar por não poder ter isto novamente...


Sentimentos presos em um coração frio,
palavras acorrentadas em uma mente insana,
toda uma vida jogada fora por um simples adeus...


Talvez você, onde quer que esteja,
não possa chamar por alguém que lhe abrace,
ou esteja aonde um "sinto a sua falta",
seja levado para longe pelo vento...


Finais são sempre difíceis de se entender,
de qualquer coisa que eu pudesse fazer hoje,
manter você aqui,
seria a minha prioridade...

domingo, 14 de agosto de 2011

"Eu te Amo" mais uma vez...

Não consigo entender como fui me sentir assim,
confesso que há algum tempo, era tolo o bastante para deixa meu coração tão aberto,
já fui uma criança que acreditei na bondade das pessoas,
já fui um adolescente que se apaixona por um belo e sincero sorriso...


Como pode, uma carne cicatrizada pela experiência em um mundo tão vil,
como pode olhos que contemplaram mãos destruir o que amam,
como pode depois de tanto sofrer se apaixonar por uma presença?


De todas as escolhas e desistências em minha vida,
queria algo tão pequeno e insensato,
algo tão banal e ao mesmo tempo tão sublime...


Queria voltar a ser a mesma criança tola.
Criança que acredite na felicidade...
Queria ser novamente aquele adolescente inconsequente.
E poder dizer um "eu te amo"mais uma vez...

Estória dada a um de meus personagens para um jogo de RPG...

Sente-se criança, vou lhe contar uma história. Talvez, a noite não seja suficiente para lhe contar e te fazer entender tudo que anda acontecendo, mas vamos tentar... Bonita a noite, não acha? Acredito que apenas quando chove, podemos ver a beleza do brilho da lua, refletido em cada gota de água que cai... Chega a ser até poético. Não viemos falar sobre as belezas do mundo, e sim de uma história de horror. Aceita algo de beber? Não? Que seja.
Apenas no começo, eu não sabia de 1% das verdades que vi e que ajudei a construir. No começo, a posição que estou hoje não passava de um desejo. Ou nem tanto. Há mais ou menos uns 180 anos atrás, talvez mais, talvez menos, havia um jovem muito determinado. Agraciado com uma herança um pouco farta, gastava seus preciosos recursos em uma busca que a maioria da humanidade não tem interesse. Conhecimento. Sim, comprou livros, alugou bibliotecas inteiras, apenas para saber tudo. Claro que a limitada existência humana não lhe permitia tal ambição. Até conhecê-la...
Era uma belíssima jovem, talvez eu tenha a perseguido durante minhas caminhadas noturnas pelos corredores repletos de livros, ou mais provável ainda o contrário. Mas, algo ela tinha de especial. Não o fato de não ser tão jovem assim, ou o fato de ser uma moça desacompanhada em noites frias que traziam o mal a cada sombra. Os motivos, não me lembro. Depois de dois séculos a memória falha, não acha? Mas de todo caso, estes dois jovens se conheceram, se apaixonaram. E compartilharam de desejos pecaminosos, falaram de amores eternos e toda vida que o Sangue proporciona. Apenas alguns anos depois, descobri sobre Laços de Sangue, e entendi que minha Senhora tinha me feito vítima de tal ato proibido, e feito o mesmo consigo. Enfim, nosso Laço, era um Elo. Ambos presos pelo sangue em suas não-vidas... Eram felizes, e a falta do calor do sol não importava, pois o amor era o sol deste casal. E de amor e por amor, eu morri. Morri para renascer. Morri para morrer eternamente...

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Desespero


Você ouve todas estas vozes?
Elas gritam todo o tempo,
Você pode fazer isto? Você pode mesmo viver em meio a tudo isto?
Enquanto durmo, elas gritam,
Enquanto limpo a bagunça feita por nosso sangue...

Diga-me, se o que corre em suas veias,
Pode saciar estas mentes famintas,
Pode enriquecer um espírito sem crença e esperança...
Pode afastar um fantasma de recordações e sonhos abandonados...
Tudo isto está certo?

Quando você se vai, se afasta de meus olhos...
Onde só consigo senti-la com um coração que não conhece a verdade...
Quando você caminha em direção a morte, com o sorriso de uma criança...
Quando o abismo está apenas a um passo de distância...
Quando você afunda em meio a todo este sofrimento,
Enquanto mostra um maldito sorriso, cega a toda perdição...
Você, mesmo em meio a isto, consegue me ouvir?


Você pode ouvir? Todos os lamentos enquanto morremos neste desespero?

Você pode sentir? Toda esta dor que corrói a nossa carne e profana a nossa alma?
Você pode realmente viver em meio a todo este tormento?
Enquanto morremos em meio a um tormento que não existe...

domingo, 17 de julho de 2011

O dia lindo que está lá fora...

Mesmo que haja um dia lindo lá fora, o sol esteja quente e agradável como nunca,
o céu esteja com um azul de textura indescritível, pássaros componham a mais bela música,
o ar esteja puro como nunca,
eu ainda estarei vendo tudo sem cor,
como aquela tarde chuvosa de terça-feira,
fria e melancólica...


Talvez seja algo em meus olhos, que não me permita sorrir como você,
ou então eu tenha perdido o brilho no olhar,
que eu só encontro em você...


Talvez esta distância, tenha me feito esquecer de algo bastante importante...
Sempre que eu penso, não consigo entender o que faz meu coração bater...
Mas agora, mesmo que tarde eu entendo...


Talvez, nem nos vejamos mais, no momento que você ler isto,
talvez seja melhor, ou não, ainda não posso entender a linha do tempo...
Mas ainda sim, me lembrarei, que a única forma de eu ver este mesmo dia belo lá fora,
sem toda esta melancolia que me cega,
era, e sempre foi, ao seu lado...


Ainda que você não esteja mais tão próxima a mim,
mas a única forma de eu estar bem,
é me perdendo em você, e com você...
Então deixe-me mais uma vez, abraçar-te, e sentir o dia lindo que está lá fora...



sexta-feira, 15 de julho de 2011

Frio

Por que eu não sinto mais frio?
Por que todos a minha volta tremem aos ventos, 
colocam facas em suas gargantas para expulsar esta sensação,
perdem sangue para conter algo que não existe?


Minha pele, queimada pelo gelo de seus olhos...
Mortificada pela solidão...
É incapaz de reagir ao frio...


Diga tudo que você gostaria de gravar em meu corpo,
com a mesma faca que você cometeu o suicídio da alma,
com o mesmo metal profano que conhece o seu sangue...


Espere toda esta tormenta acabar,
e venha me dizer todas as doces e falsas palavras,
enquanto eu tento entender o motivo de eu não sentir o frio carnal,
mas ter uma alma congelada e retalhada,
por todas estas mentiras...


Pegue meu coração, enquanto ele ainda bate e pulsa toda minha vitae...
Escolha seu melhor traje e me encontre em minha própria execução...


Por não partilhar do mesmo mundo que todos vocês,
por não sentir o vento cortar o meu rosto,
por enfrentar uma maldita tempestade dentro de minha mente,
e chorar enquanto você desperdiça a sua vida...
Por isso tudo, eu não sinto frio...
Por não conhecer o calor, não consigo entender o frio...

sábado, 9 de julho de 2011

Malditas Palavras Desnecessárias

Neste momento, eu queria que vocês evitassem estas palavras desnecessárias,
palavras que não vão causar nenhuma mudança, 
que vão apenas entrar por ouvidos surdos,
ou distantes demais para se importar,
Apenas guarde para algum tempo em que eu realmente deva ouvir isto,
ou talvez eu não estiver tão esgotado com tudo isto...


Se você não se incomodasse, neste momento pediria para desaparecer...
Claro que não de forma definitiva, apenas por alguns longos meses,
para que tudo que fosse banal se tornasse importante,
e tudo com importância se tornasse comum o suficiente para nós...
Não vou pedir que se afaste de mim, 
mas apenas seu silêncio seria de muitíssimo valor,
enquanto meço e me puno por meus pecados,
e esqueça de todos os seus.


Nada como isso me faz ficar tão longe o necessário para não ouvir mais a sua maldita voz em minha mente,
gritando palavras sem nexo ou sentido,
malditas palavras de um boca que até hoje só me enganou,
entregou-me a fúria e me fez conhecer o inferno pessoal.
Malditas palavras que me tiraram o sono por toda minha vida,
maldita existência que suportou até aqui mesmo depois de tantos cacos de vidro...

domingo, 19 de junho de 2011

Amor

Por mais que eu entendesse todas as leis que regem o ser humano,
todos os conceitos que direcionam a mente e seus pensamentos,
todos os motivos que levam um coração a se apaixonar...
Eu ainda sim ficaria confuso, não teria a resposta.


Por mais que eu entenda de física, biologia ou filosofia,
questões sobre interações humanas ou com os outros seres vivos...
ainda haveriam perguntas em minha cabeça que me atormentariam por anos...


Mesmo que conhecimentos arcanos transbordassem,
meu intelecto superasse todos os níveis humanos,
ainda assim, ainda assim eu estaria do mesmo jeito,
acorrentado pelas correntes do vazio...


Mesmo que eu dominasse e suprimisse todas as necessidades e instintos humanos,
ainda estaria em uma jaula, feita do mesmo material desta corrente...
Estaria preso a besta da racionalidade e descontentamento...
Me sentiria incompleto...


Por mais que fosse dotado de todo o poder ou força cabível a este mundo,
me elevasse a uma criatura transcendental, ainda sentiria este vazio...


Em verdade, só existe uma essência que preencheria este buraco...
Algo tão simples, talvez até banal, mas ainda assim muito valioso.
Tão quanto derrubaria todas as grandezas que eu pudesse descrever...
Amor...

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Te amo

Eu já lhe disse antes,
Eu te amo...
Mesmo que você não ouviu, eu lhe disse várias vezes...


Meu pensamento estava em você, enquanto você ria de palavras absurdas,
quando você me olhava, e não conseguia parar de sorrir, 
ou quando deitava em meu ombro e se deliciava com meus dedos em seus cabelos...
Quando sorríamos juntos, ignorando o mundo a nossa volta...


Eu te amo...
Eu repetia, sabia que você ouvia e não dava atenção,
mas continuava ao seu lado, a cada risada ou lágrima...
E dizia sempre...


Eu estive em cada momento...
Lhe estendia a mão, com um sorriso radiante, iluminava o seu dia
e me sentia bem...
Em te fazer bem...


Quando fingia dormir no seu colo, não me incomodando com o tempo...
Absorvia todo aquele calor, todos os meus sentimentos explodindo em meu peito...
Eu te amei...
E te disse sempre, mesmo que ao vento...

Nostalgia

Todos os dias, olho para trás,
enxergo o caminho percorrido e me lembro de detalhes marcantes.
Cicatrizes em minha memória carregada de emoções.
Valores, conceitos, idéias, risadas... Sentimentos...
Um emaranhado de cenas passando em uma tela acinzentada.


No caminho que vejo quando olho para trás,
existem fantasmas daqueles que passaram e me levaram um pedaço.
Pedaço da minha alma, pedaço de um ser humano...


Alguns destes fantasmas, como eu queria abraçar novamente,
sentar-me debaixo da sombra de uma árvore,
contar antigas e recentes histórias,
rir daquelas quase esquecidas piadas e contar novas, 
de forma irracional e totalmente sem compromisso com o tempo...


O seu fantasma, como eu gostaria de abraçar novamente...
Sentar abaixo daquela árvore, passar a mão em seus cabelos, sorrir...
Como nos velhos tempos...
Como nos tempos em que nossos corpos estavam próximos o suficiente para isto...
Quando o seu abraço me aquecia...
Como quando o meu mundo estava protegido pelo aperto do meu abraço...


Como eu queria poder abraçá-la novamente,
e não o fantasma que ficou guardado em minhas memórias...

terça-feira, 31 de maio de 2011

Doce criança

Doce criança, você que não conhece os males da vida...
Alguém que caminha inocentemente por estradas perigosas...
Que enxerga cores em um mundo tingido de cinza pelo ódio...
Que vive sorrindo com um mundo banhado de sangue...
Que não se importa com a ignorância humana...
Alguém que me ensinaria a alegria...

Acorde! Veja a desgraça em sua volta!
Esqueça amigos, parentes!
Eles lhe abandonaria sem pensar...
Levante! Seja forte!
Desista de sonhos em que o mundo é perfeito!
Acorde, se esconda em um buraco frio!
Não permita que nada consiga lhe afetar...
Torne-se forte como uma pedra...
Nada disso é bom... Mas é necessário...


Vamos! Lute por sua vida!
Prove que você suportar toda a dor de existir...
Prove que nem as minhas palavras são boas o suficiente para lhe abalar...
Ou morra tentando ser feliz em um mundo que não existe...


Doce criança que não conhece o lado frio da humanidade...
Como eu queria ser você...

Coisas

Existem coisas, que me prendem neste mundo...
Coisas simples e idiotas o suficiente para não serem percebidas,
futilidades feitas por suas mãos...
Coisas que me levam a odiá-la.

Palavras jogadas ao vento, sorrisos demonstrados para olhos vazios,
gestos para estátuas sem emoção...
Atitudes que me fazem amá-la ainda mais...

Existem coisas, coisas em você...
Coisas que me fazem andar na frágil linha entre amor e ódio...
e que me faz querer mais ainda estar perto de você...
para odiar e amar...

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Nesta noite fria e vazia, novamente olho para a lâmina bastante maltratada em minhas mãos...
Lembro-me de todas as batalhas que já estive para proteger você,
lembro de todos os nossos abraços...
Neste silêncio eu me lembro...


Vejo a história em um filme na minha mente,
lembro de jurar continuar lutando até que poderia te abraçar novamente...
Jurar continuar lutando...
Jurar te abraçar novamente...
Jurar tornar este abraço eterno...


Esta lâmina que repousa em minha mão, cansada de esperar o campo de batalha...
Esta lâmina, desgastada por todos os combates que me levaram ao que me tornei,
lâmina que cegou meus olhos em ver a felicidade...


O som do vento batendo em meu corpo,
o frio que revela minhas cicatrizes e me faz sentir as batalhas,
não me permite esquecer quem eu fui, mas não me prenderá mais no passado...


Com esta mesma lâmina nostálgica, irei abrir caminho até você...
E novamente , irei te abraçar...
Forte o suficiente para tê-la em meus braços eternamente...

Promessa

De todos os momentos que já vivi, talvez este seja o mais intenso, o mais puro,
o mais sublime...
Sempre, reclamei de toda a dor, como se apenas reconhecer a minha fraqueza,
fosse fazer ela sumir...
Me apeguei ao passado como se minhas forças fossem retornar...
E chegasse o dia em que eu não sentiria mais nenhuma dor...


De todo modo, me fiz uma promessa, promessa selada com meu sangue,
promessa selada em minha alma...
Promessa afirmando que serei forte o suficiente para tudo isto...
Promessa, que me faz novamente levantar...


Apenas eu posso suportar tudo isto...
Apoiar-me em toda a fraqueza,
esperar a compaixão de todos,
apenas me tornou fraco e sem vida,
fez cada batida de meu coração um tormento...


Eu vi através de meus olhos, não posso mais ver uma luz...
Meu corpo está frio, ele não se move mais...
Então me prometi ser a minha luz...
Então me prometi ser o meu calor...
Então me prometi suportar a tormenta...
Então me prometi que seria diferente, me prometi ser mais forte que a dor...

domingo, 17 de abril de 2011

Juras de amor

Juras infindáveis de amor, de que sempre seu sorriso seria meu,
que todos os abraços eu teria, e que seus lábios estariam ao alcance dos meus...
Estava eu feliz, enquanto você estava aqui comigo,
como em um sonho, como em um sonho...
Estava eu feliz, satisfeito,
a minha realidade me fazia sorrir também...


Te jurei amores maiores que o oceano, que o céu seria todo seu...
Eu te abraçava, como se o mundo fosse terminar no próximo segundo...
Eu te abraçava, como se este mesmo segundo fosse eterno...


Sozinho eu pensava em você,
com você, eu não pensava...
Sozinho eu queria você,
Com você, não queria mais nada...


Feliz era como eu estava...

domingo, 3 de abril de 2011

Eu, realmente não esperava tudo isto...
Em meu rascunho de uma vida futura,
não imaginava que meus dias, meu mundo seria este lugar tão vazio e frio.
Não esperava sentir tanto ódio de uma condição que não posso fugir.
Eu queria, mais que tudo, lutar, ser diferente...
Não passou de uma ilusão, um sonho...


Eu realmente queria ser forte, me destacar em algo...
Uma condição respeitada e reconhecida,
mas hoje vejo que qualquer idiota pode fazer o que faço...
Nem de longe, sou especial ou indispensável...


Eu queria, que tudo não passasse de um sonho,
de uma fantasia inalcançável...
Eu queria,
que alguém me tirasse deste buraco...
Úmido, vazio e frio...

sábado, 5 de março de 2011

Mentir para você

Por todas as coisas que já vi, por tudo que meus ouvidos já captaram,
por todas estas sensações e sentimentos...
Por tudo, tudo...
Eu esperava não ter de mentir para você...

Eu queria, mais do que este ar ao meu redor,
que você fosse a única pessoa que eu pudesse dizer minhas verdades,
e tudo aquilo que passa por minha mente assombrosa...

Poderia o mundo ser menos cruel?
Poderia eu ter noites de sono tranquilas?
Não ser pertubado pelos fantasmas das pessoas que eu matei em minha mente?
Ou de todas as recordações do abismo existente em meu coração?


Eu queria que você continuasse...
Até o fim do mundo, ou pelo menos até que eu não respire mais...
Seria pedir demais?
Não estar mais sozinho neste canto escuro?


E se eu perdoasse tudo que você não teve coragem de me dizer?
Perdoasse as mentiras que sairam de sua boca enquanto me beijava?


E se eu me esquecesse de todas as vezes que você me abandonou aqui?
Perdoasse todas as vezes que você tentou me apunhalar enquanto me abraçava?
Faria alguma diferença?
Você voltaria para o meu lado?


Por tudo que já fiz, tudo que já vivi durante estes dias nebulosos...
Eu esperava do fundo de minha existência, do fundo do meu ser...
Esperava não ter de mentir para você...
Esperava não ter de matá-la em minhas memórias...

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Talvez


Eu não confio mesmo nas pessoas, por elas mentirem tanto.
Mentirem sobre o que pensam, mentirem sobre o que sentem,
mentirem sobre o que são...
Apesar de eu acreditar em você...


Talvez, eu goste mesmo de lhe fazer desacreditar as suas doutrinas,
torná-las fúteis e inválidas...
Ou simplesmente dizer isto porque não possuo algo em que acreditar
ou me apoiar em um momento de desespero...
Ou talvez, gosto de ver a sua impaciência ao tentar me provar que eu estou errado...


Ou talvez, eu simplesmente não acredite em nada, nem em palavras ou crenças...
Ou esteja vazio por dentro...

domingo, 20 de fevereiro de 2011

E se eu...

E se eu apenas não abrisse meus olhos,
e não queira mais caminhar em meio a estes cacos de vidro,
e nem por esta estrada escura...


E se eu não queira mais ver suas mentiras,
ou saber que você está por perto e sabe que eu caio cada vez mais
na perdição de pensamentos impuros e indesejáveis...


E se eu não quisesse mais ouvir esta maldita voz em minha cabeça,
que me diz que nada disto está certo.
E que eu deveria acabar com tudo isto de uma vez...


E se eu quisesse que você soubesse...
Que eu tenho sofrido, sentido a sua falta...
Que você soubesse que eu quero seu abraço muito mais que o ar que me cerca...
E que minhas lágrimas são escondidas por um falso sorriso,
que sangra em meu coração por cada segundo que ele está no meu rosto...


E se eu apenas pudesse ouvir o som do vento...
Enquanto eu caio no precipício da solidão...

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Tudo está se perdendo

Agora, eu não sei quando poderei ir...
Tanto tempo preso em meus pensamentos...
Por anos mutilado por uma consciência enfurecida...
Vendo meu caminho distorcido por olhos cegos...


Vendo através deste espelho uma alma destruída
sonhos manchados por um ódio incompreensível
memórias em mãos cortadas pelos cacos de minha existência...


Sinto minha pele ser arrancada
nada pode parar esta dor...
Tudo está se perdendo...


Como eu queria cair no abismo do esquecimento.
Não ver minhas cicatrizes espalhadas pelo meu corpo.
Criadas por uma brincadeira perversa chamada realidade...


O que eu posso fazer?
Não consigo mais sonhar com você...
Não consigo mais estar ao seu lado...
Não posso mais existir em um mesmo mundo em que eu te deseje tanto...

Eu queria sair deste mundo que não sinto nada...

Enquanto você repousava sua cabeça e dormia tranqüilamente,
eu era torturado com mil facas cravando em minha alma.
Lembrava-me que estava sozinho em um mundo sem cor,
um mundo nublado que não me permitia sentir nada.


Observo pela minha janela embaçada todos os caminhos que me levaram até aqui.
Avalio cada resposta que construiu minhas expectativas e desejos.
E vejo que tudo que vivi foi uma mentira que usei para evitar mais dor...


Cada gota desta chuva que toca o meu corpo, me separa da realidade.
Me leva ver sonhos destruídos pela falta de esperança em uma realidade mais gentil.


Meu espírito queima e nada pode me aliviar.
Eu queria poder sonhar...
Eu queria poder sentir...
Eu queria poder respirar...
Eu queria sair deste mundo que não sinto nada...

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Fraqueza

Uma vez me disseram que dor é um estado em que estamos sem crença.
Dor seria apenas a falta de algo em que se apoiar.


A dor, não depende do que você acredita,
ela simplesmente chega, te derruba, e te mostra o quanto você ainda é vulnerável.
O quanto você é fraco.


O que ela quer?
Me provar que não sou forte o suficiente?
Me mostrar o quanto meu ego é grande e o quão fácil é de derrubá-lo?
Eu realmente me sinto confuso,
várias perguntas e nenhuma resposta,
um turbilhão em minha mente.
O que vai ser de mim?


Meu peito dói, meu coração foi arrancado.
Sentimentos que não deveriam estar aqui corroem a minha carne.
Eu não sou forte o suficiente para estar aqui.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

I Lost my Way

Tantas palavras, e nenhuma delas pode me reconfortar agora.
Tantas visões, e não encontro uma que faça minha alma parar de tentar se rasgar.
Tantas vozes, e dentre todas, não escuto a razão...

Confusão, desespero, medo, tudo dentro de uma única mente,
atordoando os meus passos e ações,
deixando uma vida sem sentido aguardando uma resposta.
Que nunca chegará...

Minha fé rola por terra, não existe uma força em que eu acredite.
Se em algum dia eu me senti fraco, tive de suportar meu peso com a minha escassa força...
Eu não tenho uma desculpa para os meus erros...

Eu perdi meu caminho...
Chegue mais perto, diga algo.
Ou não diga nada.

Isto já é o suficiente...

Eu perdi meu caminho.
E não consigo enxergá-lo novamente...

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Por anos...

Em algum lugar, eu perdi toda a razão que me orgulhava tanto.
Por anos, sustento uma mente fria e imparcial, sem crenças que desviariam todos os meus ideais de um mundo racional e exato.
Por anos, consegui explicar tudo a minha volta.
Por anos...


O que você faria se a sua melhor característica te deixasse?
Exatamente o que eu procuro responder...
Por um acaso, meu coração se tornou fraco.
Me enchi de emoções humanas, me deteriorei em meu ódio,
afundei em meu desespero inexplicável,
chorei por amores que perdi...


Meu fraco coração, confundiu minha mente, fechou meus olhos pra o racional.
Destruiu a verdade em minha frente, e me fez encostar minhas costas nesta parede fria,
enquanto dentre todas estas emoções confusas,
chovia rancor e desespero em minha alma...


Minha mente, a muito perdida, já não tinha forças para domar novamente meu coração,
que teimava em bombear a dor por dentro de minhas veias.


Que Deus tenha reservado um lugar para mim...
Que este lugar, seja longe de tudo que algum dia amei ou odiei,
Pois não suportaria carregar esta lembrança quando eu transcendesse...


Meu coração, que seja arrancado deste peito, e que minha humanidade seja rasgada,
pois possuir esta alma significa sofrer...

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Eu desisti...

Aos poucos, extraí cada gota de esperança, cada porção de mim que acreditava
que tudo iria mudar...
Que tudo seria melhor...


Sempre fui o último a desistir, mas de que adianta?
Acumular mais derrotas por ser um pouco mais insistente do que outros
não é algo de se orgulhar...
Ser aquele que luta por algo perdido só lhe renderia o título de 
idiota...


Sim. Eu desisto.
A cada momento que se passa, a corda do orgulho pressiona um pouco mais a minha garganta,
e cadeira do desespero só tende a me derrubar...
Sim. Eu desisti...


Nenhuma cicatriz me anima o suficiente para me vangloriar de algo...
Eu já não me apoio em mais nada, me ergo apenas por minhas forças...
E a força da gravidade deste mundo só torna o meu próprio peso ainda mais insuportável...


Cansei, de tudo, nada que já me foi dito vale algo agora...
Todos estes anos, estive sozinho...
E agora, o orgulho puxa a corda mais um pouco...
O desespero, apenas cede o suficiente para minha ruína...

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Ouça a canção que vem com o vento

Ouça a canção que vem com o vento...
Ela te diz o quanto este sentimento é forte,
o quão eu me arriscaria por tudo isto...


Sinta a leve brisa de reconforto que lhe trago,
o calor de um abraço que deseja lhe proteger sempre...
As batidas de um coração vivo...


Perceba, o quanto eu te amo!
O quanto eu lutei para estar ao seu lado!
O quanto eu me feri por você...


Ouça, cada acorde que o vento lhe traz...
Sinta a vibração de cada nota...
Viva em torno deste som...
Esta é a melodia de meu amor...

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Maldita consciência que me atormenta...

Carregue-me até onde minha consciência não possa me atingir,
um lugar em que meus atos não esfolem a minha alma...


Leve-me, onde meus pecados não passem de lembranças distantes,
de algum ser que não sou eu,
e que todo o tempo eu possa viver a ilusão de ser feliz...


Cubra meus olhos e não permita que eu veja as minhas mentiras,
faça com que todos os meus atos fiquem em um lado escuro de minha existência,
e que jamais eu possa tocar este lado novamente...


Maldita consciência que me atormenta!
Maldita consciência que não me permite viver!


Rasgue toda a minha mente, livre-me da razão que me julga a todo tempo,
razão que castiga meu espírito com palavras brutas de repreensão...


Maldita consciência que me atormenta...
Maldita consciência...