terça-feira, 28 de maio de 2013

Agonia.

Minha pele arde com o brilho do sol.
Eu estive muito tempo escondido sob as nuvens de um dia nublado.
Meus pensamentos se tornam escuros como a noite.
Os oceanos agitados estão dentro de minha alma.
Eu não consigo mais segurar tudo isto.

As correntes prendem meus braços,
eu sou enforcado por todos os pecados que eu desejei cometer,
eu não tive tempo de gritar...
Eu não tive tempo de gritar o seu nome...

Eu corri às cegas por uma estrada de cacos de vidro.
Minha pele já está coberta de cicatrizes.
Eu estive tempo demais debaixo da chuva.
Mas não o suficiente para esquecer tudo isto.

Meus olhos ardem, não veem mais uma esperança diante de mim,
eu quero arrancar este coração que não bate tão bem quanto antes,
minha alma vomita estas verdades que eu desacreditei,
e escondi tanto tempo.

Eu grito, mas minha garganta já foi arrancada.
Esta corda já não deixa o ar entrar.
Os meus desejos me condenaram...
Eu não posso mais respirar...

segunda-feira, 27 de maio de 2013

I was wrong

Eu estava errado enquanto acreditava em mentiras frias
que insistiam em sair de seus lábios e ferir minha pele,
e ainda sim me convenciam de que era para o meu bem,
todas aquelas feridas me tornariam melhor.

Tudo que foi deixado para trás foi um corpo desacreditado,
algo que não importa mais.

Eu apenas quis tomar uma estrada tranquila
para poder caminhar sem todos estes erros,
sem esta sombra em meu coração.

Eu estava errado, enquanto eu sangrava por você,
eu estava errado enquanto eu vivia por você...
Eu estava errado enquanto esperava você chegar,
enquanto eu te esperava olhando por aquela janela...

Um dia você ainda vai ver que tudo isso foi errado,
e vai querer estar na estrada que eu estive,
vai querer tomar o caminho que eu tomei,
vai seguir os rastros apagados pelo vento.

Vai ver que não somente eu estava errado...

terça-feira, 14 de maio de 2013

Egoísmo

Eu me mantive quieto, em todo esse silêncio.
Eu assisti você desaparecer, em meio a todas estas mentiras.
E vi dentro de seu coração, enquanto você me odiava.
Eu fiz de mim um alvo, para que você me fizesse sofrer.
Eu nunca tive medo, nem ao menos te odiei.

Eu estive aqui, enquanto você estava sozinha em seus sonhos.
Envenenando o meu sangue, enquanto você chorava, assustada.
Eu mostrei a luz, que eu nunca acreditei.
Eu lhe dei o amor, que nunca tive, e sempre busquei.
Eu destruí o medo que eu via em seus olhos.
Eu tornei o sofrimento próximo, e nunca o esqueci.

Eu ensinei a você a usar estas armas,
eu trouxe pra perto este abismo,
eu odiei ver você me matar...
Eu fui egoísta, em não lhe contar tudo,
mas já é tarde, eu já fui envenenado pelo meu desejo o suficiente...

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Você me odiava.

Eu odeio tudo isso que você tem feito.
Você me disse tantas mentiras, feito tudo aquilo que eu mais evitei.
Você apenas foge com a desculpa que não será mais assim,
espera que eu feche meus olhos, e trás todas as sombras que eu lutei para esquecer
para se agarrarem em minha alma.

Onde está aquele olhar puro, por quem me apaixonei?
Será que agora que suas mãos delicadamente
seguram a minha garganta para que não mais eu possa respirar,
ou então enquanto você arranca a carne de meus ossos,
eu possa tê-lo novamente?

Eu apenas digo adeus,
enquanto suas mãos seguram a adaga que feriu meu coração.
Eu sinto o meu sangue sair de meu corpo,
e minha consciência me deixar de forma tão patética,
deixado no chão, como uma criatura insignificante.

Eu poderia ter aquele sorriso novamente?
Apenas poder lembrar que um dia eu não seria morto por um capricho,
ou ao menos fui amado bem no fundo.
Enquanto você me odiava por eu lhe amar.