quarta-feira, 26 de maio de 2010

O Menestrel IV

Passam-se longos dias aqui...
Mas é como se eu mesmo não existisse...
Cada dia leva segundos para se terminar...
Mas as noites levam várias semanas...

Preso por paredes que não limitam o meu espírito...
Meu corpo se deteriora brutalmente ferido...
Mas é como se não sentisse dor nenhuma...

Quando penso em você...
Quando reimagino o teu rosto...
Quando minha mente "diz" a tua voz...
Quando sinto o teu perfume...

Saio do torpor e entro em uma dor inimaginável...
Algo que simples humanos não suportariam...
Algo que dilasceraria minha carne...
Algo que me arrancaria a vida...

Ergo-me...
Apenas para ver a lua...
Ver a chuva fina que cai e molha o meu rosto...
Sentir a umida brisa em meus pulmões...
E repetir a mim mesmo:

Parede alguma vai me segurar mais...
Serei livre como os pássaros qeu me despertam a cada manhã...
Partirei de encontro ao meu paraíso!