sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Fúria

Cada homem tem a sua história.
A dele, é que ele é furioso.
Ele sente medo que não possa controlar os seus demônios,
e que um dia sucumba a um deles.
Até que a noite caia, ele mostrará o que a fúria deixou para trás,
mostrará suas cicatrizes e irá lembrar-se de cada uma.
Ele verá as sombras de seu passado,
e perceberá que elas o seguem até hoje.
Ele verá que está perdido, sozinho.
Ele perceberá que não existe um lugar em que ele possa se sentir protegido,
que ele possa se sentir livre.
Ele perceberá que tudo que ele admira é apenas uma mentira.
Uma mentira obscura que se tornou a sua verdade.
Ele verá que a sua fúria o tornou triste.
E não há nada que ele possa fazer sobre isto.
Ele escreve sobre esta fúria, que se transmuta em vários sentimentos.
Uma corrente que ele não pode controlar.
Ele escreve sobre esta fúria que o fez se distanciar da felicidade.