terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Por anos...

Em algum lugar, eu perdi toda a razão que me orgulhava tanto.
Por anos, sustento uma mente fria e imparcial, sem crenças que desviariam todos os meus ideais de um mundo racional e exato.
Por anos, consegui explicar tudo a minha volta.
Por anos...


O que você faria se a sua melhor característica te deixasse?
Exatamente o que eu procuro responder...
Por um acaso, meu coração se tornou fraco.
Me enchi de emoções humanas, me deteriorei em meu ódio,
afundei em meu desespero inexplicável,
chorei por amores que perdi...


Meu fraco coração, confundiu minha mente, fechou meus olhos pra o racional.
Destruiu a verdade em minha frente, e me fez encostar minhas costas nesta parede fria,
enquanto dentre todas estas emoções confusas,
chovia rancor e desespero em minha alma...


Minha mente, a muito perdida, já não tinha forças para domar novamente meu coração,
que teimava em bombear a dor por dentro de minhas veias.


Que Deus tenha reservado um lugar para mim...
Que este lugar, seja longe de tudo que algum dia amei ou odiei,
Pois não suportaria carregar esta lembrança quando eu transcendesse...


Meu coração, que seja arrancado deste peito, e que minha humanidade seja rasgada,
pois possuir esta alma significa sofrer...

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Eu desisti...

Aos poucos, extraí cada gota de esperança, cada porção de mim que acreditava
que tudo iria mudar...
Que tudo seria melhor...


Sempre fui o último a desistir, mas de que adianta?
Acumular mais derrotas por ser um pouco mais insistente do que outros
não é algo de se orgulhar...
Ser aquele que luta por algo perdido só lhe renderia o título de 
idiota...


Sim. Eu desisto.
A cada momento que se passa, a corda do orgulho pressiona um pouco mais a minha garganta,
e cadeira do desespero só tende a me derrubar...
Sim. Eu desisti...


Nenhuma cicatriz me anima o suficiente para me vangloriar de algo...
Eu já não me apoio em mais nada, me ergo apenas por minhas forças...
E a força da gravidade deste mundo só torna o meu próprio peso ainda mais insuportável...


Cansei, de tudo, nada que já me foi dito vale algo agora...
Todos estes anos, estive sozinho...
E agora, o orgulho puxa a corda mais um pouco...
O desespero, apenas cede o suficiente para minha ruína...

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Ouça a canção que vem com o vento

Ouça a canção que vem com o vento...
Ela te diz o quanto este sentimento é forte,
o quão eu me arriscaria por tudo isto...


Sinta a leve brisa de reconforto que lhe trago,
o calor de um abraço que deseja lhe proteger sempre...
As batidas de um coração vivo...


Perceba, o quanto eu te amo!
O quanto eu lutei para estar ao seu lado!
O quanto eu me feri por você...


Ouça, cada acorde que o vento lhe traz...
Sinta a vibração de cada nota...
Viva em torno deste som...
Esta é a melodia de meu amor...

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Maldita consciência que me atormenta...

Carregue-me até onde minha consciência não possa me atingir,
um lugar em que meus atos não esfolem a minha alma...


Leve-me, onde meus pecados não passem de lembranças distantes,
de algum ser que não sou eu,
e que todo o tempo eu possa viver a ilusão de ser feliz...


Cubra meus olhos e não permita que eu veja as minhas mentiras,
faça com que todos os meus atos fiquem em um lado escuro de minha existência,
e que jamais eu possa tocar este lado novamente...


Maldita consciência que me atormenta!
Maldita consciência que não me permite viver!


Rasgue toda a minha mente, livre-me da razão que me julga a todo tempo,
razão que castiga meu espírito com palavras brutas de repreensão...


Maldita consciência que me atormenta...
Maldita consciência...