sábado, 22 de março de 2014

Todo o tempo

Eu podia jurar que eu te vi sorrir esta manhã. Eu podia jurar que esta era uma alegria única.
Verdadeira.
Eu podia jurar que sua pele se arrepiava a meu toque. E que não era apenas mais uma alucinação.

Você deu o máximo de você, tanto o seu corpo quanto a sua alma podem comprovar isto.
Pela manhã, você sorria em um êxtase que não poderia ser compreendido pela humanidade.
Você manifestava o prazer como seu realmente o amanhã não nos agraciasse com sua existência.
Eu me incendiava com o seu toque, e podia viver isto uma eternidade sem ao menos me cansar.
Gostaria de lhe mostrar o que eu vejo enquanto nos perdemos em toda esta luxúria...

Eu poderia estar aqui todo o meu tempo,
ignorando a própria mortalidade,
nossas almas presas por um contrato de sangue,
uma manhã em que não poderíamos nos separar nem mesmo por um abismo...

Quando eu lhe toco, sinto sua alma se espalhar por minha pele.
Sua respiração se torna tão densa que chega ao ponto de querer parar.
A temperatura sobe tanto que nossas mentes apenas desligam.
E eu poderia fazer isso todo o tempo...

segunda-feira, 17 de março de 2014

Forgiveness

Existem coisas, que minhas palavras não são hábeis suficiente para descrever.
Coisas que meus pensamentos apenas rodeiam, e não podem dar significado.
Coisas que mesmo que eu não possa esquecer, não consigo lembrá-las como deveria.

Eu olho por esta noite, me sinto como um lixo,
não consigo achar o meu lugar para dormir,
me deito no chão desta rua deserta por saber que eu não tenho o meu próprio perdão.

Existem coisas, que eu não consigo entender.
Erros que mesmo que eu tente novamente, tornariam a acontecer.
Eu não acho que esta noite eu consiga entender tudo isto.
Vejo cicatrizes em meu corpo e nenhuma memória para explicá-las.

Eu corro em direção a uma paz que eu nunca serei capaz de alcançar.
Busco o meu próprio significado enquanto sou mutilado por minhas próprias perguntas.
Quebro minhas próprias regras para evitar que elas me limitem.
Ainda mais do que já me sinto.

Eu olho por esta noite, me sinto como um lixo.
Não consigo encontrar a paz para que eu possa dormir.
Me deito neste chão, e me lembro de pecados que não cometi.
Me lembro que eu não posso ter minha própria absolvição...

segunda-feira, 3 de março de 2014

Egoísmo

Eu estou tão cansado de esperar a sua resposta,
estou muito cansado para correr atrás do que só tem se distanciado.
Meu corpo já não responde o suficiente para que eu me der o trabalho de lutar.

Minha pele já tem marcas demais para contar essa história,
sinto que minhas cicatrizes estão infeccionadas e já não podem se recuperar.
Minha carne já está morta e por acaso continua presa aos meus ossos.

Meu sangue escorre sem parar até o fim deste monólogo.
Você não consegue enxergar fora de seu mundo,
e não percebe que a lâmina que causou a maioria destes ferimentos está na sua mão.

Você um dia disse que tudo iria mudar,
e mesmo assim, deixou que eu atingisse o chão sozinho.