quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Recordações

Em uma fria tarde de outono,
em que folhas caiam junto a lágrimas
em um rosto qualquer,
ente alguém via outro alguém partir...


Pedaços de recordações iam para longe,
junto com cada passo que você dava em direção ao vazio.
Tudo que você deixou para trás,
todos abraços que estão em um cemitério de memórias,
tendem a doer em meu coração...


E o sentido que um dia houve em minhas palavras,
some junto a sua imagem.
Eu ainda sinto a sua falta.
Mesmo que você tenha acabado de partir...


São recordações que sempre estarão em mim...
Coisas que me levam a você...
Recordações que machucam e curam ao mesmo tempo...

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Finais

Sonhos perdidos ditos como mentiras,
estradas abandonadas que rumam para o futuro,
mistérios esquecidos antes mesmo de vir à tona...


Quando você se for,
deixar tudo isto para trás,
lembrar que quem esteve do seu lado,
e chorar por não poder ter isto novamente...


Sentimentos presos em um coração frio,
palavras acorrentadas em uma mente insana,
toda uma vida jogada fora por um simples adeus...


Talvez você, onde quer que esteja,
não possa chamar por alguém que lhe abrace,
ou esteja aonde um "sinto a sua falta",
seja levado para longe pelo vento...


Finais são sempre difíceis de se entender,
de qualquer coisa que eu pudesse fazer hoje,
manter você aqui,
seria a minha prioridade...

domingo, 14 de agosto de 2011

"Eu te Amo" mais uma vez...

Não consigo entender como fui me sentir assim,
confesso que há algum tempo, era tolo o bastante para deixa meu coração tão aberto,
já fui uma criança que acreditei na bondade das pessoas,
já fui um adolescente que se apaixona por um belo e sincero sorriso...


Como pode, uma carne cicatrizada pela experiência em um mundo tão vil,
como pode olhos que contemplaram mãos destruir o que amam,
como pode depois de tanto sofrer se apaixonar por uma presença?


De todas as escolhas e desistências em minha vida,
queria algo tão pequeno e insensato,
algo tão banal e ao mesmo tempo tão sublime...


Queria voltar a ser a mesma criança tola.
Criança que acredite na felicidade...
Queria ser novamente aquele adolescente inconsequente.
E poder dizer um "eu te amo"mais uma vez...

Estória dada a um de meus personagens para um jogo de RPG...

Sente-se criança, vou lhe contar uma história. Talvez, a noite não seja suficiente para lhe contar e te fazer entender tudo que anda acontecendo, mas vamos tentar... Bonita a noite, não acha? Acredito que apenas quando chove, podemos ver a beleza do brilho da lua, refletido em cada gota de água que cai... Chega a ser até poético. Não viemos falar sobre as belezas do mundo, e sim de uma história de horror. Aceita algo de beber? Não? Que seja.
Apenas no começo, eu não sabia de 1% das verdades que vi e que ajudei a construir. No começo, a posição que estou hoje não passava de um desejo. Ou nem tanto. Há mais ou menos uns 180 anos atrás, talvez mais, talvez menos, havia um jovem muito determinado. Agraciado com uma herança um pouco farta, gastava seus preciosos recursos em uma busca que a maioria da humanidade não tem interesse. Conhecimento. Sim, comprou livros, alugou bibliotecas inteiras, apenas para saber tudo. Claro que a limitada existência humana não lhe permitia tal ambição. Até conhecê-la...
Era uma belíssima jovem, talvez eu tenha a perseguido durante minhas caminhadas noturnas pelos corredores repletos de livros, ou mais provável ainda o contrário. Mas, algo ela tinha de especial. Não o fato de não ser tão jovem assim, ou o fato de ser uma moça desacompanhada em noites frias que traziam o mal a cada sombra. Os motivos, não me lembro. Depois de dois séculos a memória falha, não acha? Mas de todo caso, estes dois jovens se conheceram, se apaixonaram. E compartilharam de desejos pecaminosos, falaram de amores eternos e toda vida que o Sangue proporciona. Apenas alguns anos depois, descobri sobre Laços de Sangue, e entendi que minha Senhora tinha me feito vítima de tal ato proibido, e feito o mesmo consigo. Enfim, nosso Laço, era um Elo. Ambos presos pelo sangue em suas não-vidas... Eram felizes, e a falta do calor do sol não importava, pois o amor era o sol deste casal. E de amor e por amor, eu morri. Morri para renascer. Morri para morrer eternamente...