segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Este, foi um sonho bom.

"E então, você chegou, me fez deitar em seu colo. Seus dedos, passeavam em meu cabelo, e isso foi muito bom. Você, com sua voz doce, me disse:
- Pode dizer tudo, estou aqui para te ouvir.
Nesse momento, foi como se uma pedrinha atingisse violentamente a uma vidraça..."


Este, foi um sonho bom.

domingo, 25 de novembro de 2012

Lembra-se?

Lembra-se de quando falávamos de tudo isso com os olhos brilhando?
Quanto nossos planos chegavam até a lua,
e nossos pés tocavam a grama molhada...
Nós tínhamos o mundo, em nossos corações.

Lembra-se de cada risada que demos?
Daquela chuva que tomamos juntos,
coração com coração,
dançando, rindo, abraçados como um só...

Eu podia reviver cada lembrança, me apegar a ela,
tê-las vivas em minha mente,
dançar novamente, até nossos pés calejarem...
Lembra-se? Era isso que planejávamos...

Lembra-se de quando ainda éramos jovens,
o amor pulsava em nossos corações,
a vida em nossas veias era abundante.
A cada beijo, a cada abraço, a cada olhar, a cada sorriso...


Lembra-se da chuva?
Lembra-se de nossos sonhos?
Lembra-se da nossa música?
Lembra-se de nosso amor?

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

A vida é algo ruim.

Sim, talvez a vida seja algo ruim.
Claro, eu acredito nisso, e vivo isso.
Durante todos estes anos, recebi cada golpe que a vida pode me acertar, sem aviso prévio.
Alguns, até hoje mesmo, não pude recuperar,
ainda vejo a cicatriz em meu corpo...
O que eu posso fazer? Simplesmente nada.
Me tornar forte, fazer com que um dia meu poder supere a vida,
é uma ilusão.
Quanto mais forte eu fico, mais a vida mostra que não é o suficiente.
Então por que continua?
Meu orgulho é maior que isso. Eu me levanto, sorrio e digo:
"É só isso que você tem? Ainda não é o bastante..."
Então, ou meu orgulho me matará, ou a vida vai se curvar perante ele.
Sei, que ela não vai ter o prazer de me ver ser derrotado.
Talvez ainda, ela me veja ao lado de uma pessoa que compartilhe desta mesma energia.
E por fim, a vida não seja mais suficiente.

sábado, 17 de novembro de 2012

Era sábado, e chovia...

Esta é uma carta fictícia, produzida para uma campanha de Vampiro - A Máscara.

Madrugada de sábado, e chove muito para essa época do ano. O sol, prestes a nascer, me lembra da última vez que o vi. Faz algumas décadas? nem sei mais quanto tempo. Só queria estar ao seu lado agora, em meus últimos momentos... Sempre soube que não duraria tanto depois de descobrir tais segredos, mesmo com todos os seus avisos. Eu sabia que podia confiar em você no momento em que te vi entrar por aquela porta simples, e reclamando da chuva que havia a pego sem aviso prévio. Você estava linda...
Como eu queria reviver todos aqueles momentos...
Me reservei ao direito de dar um fim a esta caçada sem sentido. Mas, já que é uma despedida, ainda tenho um pouco a dizer...
Por coincidência, foi sábado, tanto no dia em que nos conhecemos, quanto no dia que nos separamos. Por coincidência, chovia em ambos os dias. O mundo, alegre ou triste, viu um casal se unir e se separar, em pouco tempo, apesar de tempo para mim ser relativo, e não ter tanta importância... Foi bom estar ao seu lado. A perder, naquele incêndio, foi o meu fim, tantos anos atrás...
Me desculpe, eu não pude lhe proteger.
Hoje, eu sei o quanto você tentou me avisar, o quanto você lutou pra provar a um coração frio como o meu, que eu poderia ser diferente, mesmo com um passado tão negro. Eu te amei, e isso me mudou. O suficiente pra que eu não queira mais esta não-vida.
Se você está lendo isso, o sol já tocou minha pele, e isso significa que não estou mais aqui, estou com ela novamente, sendo feliz.
Muitos de meus segredos, serão jogados ao vento, assim como minhas cinzas. Mas o que quero com esta carta, é dizer o mais importante de todos. O mais valioso segredo, aquele guardado totalmente selado em um cofre que ninguém sabe onde encontrar, o segredo que tirou a vida de minha amada, e por isso, a razão de eu querer encontrar este segredo. Mas, irei revelar o segredo, a você, que ninguém sabe ser minha discípula, então, confio no seu julgamento quanto ao destino do pacote que acompanha esta carta.
A real razão, deste tanto de parafernálias velhas e que nem ao menos funcionam, é um quebra cabeças, que eu não fui bom o suficiente para solucionar. Alguns deste itens, obras genuínas de grandes nomes desta humanidade tão limitada, e porém tão complexa, valeria muito dinheiro. Mas sabemos que uma Cura para nossos males valeria mais que o dinheiro que o mundo já pode reunir. É exatamente isso que esses itens representam: o quebra-cabeças que nos guiará até a Cura.
Sim. A Cura.
Seria o fim de nossa sede de sangue. O fim de nossa saudade dos raios solares. O fim da loucura de muitos. O fim do sofrimento eterno de nossa amaldiçoada existência...
Eu, por própria decisão, preferi não viver o suficiente para poder ver a Cura.
Me sinto feliz por isso, e sei que você a deseja tanto quanto eu um dia desejei. Sei que se ela ainda estivesse viva, ia ficar muito contente em saber que envelheceríamos juntos...
Peço desculpas pelas lágrimas que caíram no papel, e também pela noite em Lisboa, que uma pobre e doente jovem teve a vida amaldiçoada a quase 2 séculos atrás. Por esta noite, que não gosto de me lembrar, você está aqui. Me desculpe, e obrigado. Você fez parte dos melhores 200 anos de minha vida. Você presenciou o nascimento de meu amor, e o viu se desfazer naquelas chamas.
Mais uma vez, me perdoe por todo mal que lhe causei, e muito obrigado por tudo.

Até um dia...

Me disseram...

Um dia, me disseram que não valia a pena.
Tudo que eu tinha vivido, tudo que eu acreditara e tomara como verdade,
era apenas uma mentira suja que haviam me contado.
Nesse dia, eu parei para pensar. Se era eu mesmo que era assim.

Um dia, me disseram que eu estava envolto por trevas.
Eu concordei, e sorri por alguém perceber,
mas segundos depois, esta mesma pessoa me desagradou,
dizendo que eu poderia dar as costas e esquecer tudo isso, como se nunca houvesse acontecido nada.

Um dia, ainda me disseram,
que as minhas palavras eram falsas, assim como minhas emoções,
e que, eu, justo eu,
nunca havia sentido algo parecido.

E nesse dia, fiquei triste, até que eu simplesmente acostumei.

Então, minhas palavras, continuaram tristes.
As mentiras, continuaram existindo.
Mas eu não liguei, já tinha me acostumado...

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Tortura

Eu me torturo pela hipótese de lhe magoar,
me despedaço toda vez que lhe faço chorar,
me destruo sempre que eu não consigo lhe confortar...

Eu vivia por isso, sentia por isso, e me destruía por isso...
Eu sempre me agonizei com tudo isso...
Até que um dia, a porta se abriu...

Entre, preciso de um salvador!
Mostre-me, que pode se destruir por mim, e que eu não preciso ter tudo isso me corroendo...

Eu não quero mais sentir toda essa dor, não quero mais ver meu mundo ruir...
Não quero mais ter a minha consciência me torturar...
Não quero mais ter tudo isso aumentando o buraco em minha alma...



Você diz que não dói, você diz que não está tudo perdido,
mas eu vejo o sangue em suas mãos, eu vejo a ferida jorrando a vida,
eu vejo que isso drena toda a alma, vejo que não vai sobrar nada,
vejo que não há mais a redenção...

Venha, eu preciso de ser salvo!
Venha, me mostre que tudo isso vai terminar, antes que eu me despedace...

A porta está aberta, esperando que eu entre.
Lá dentro, não há nada, a luz é nauseante, e não me permite ver nada.
O escuro em minha alma não some,
e ainda tenho que lutar contra toda dor, que nunca sumiu...

Ninguém pode me salvar, ninguém pode me tirar essa dor...
Ninguém vai abrir a porta, ninguém vai me tirar a minha consciência,
antes que ela me destrua...

Chama

E então, como uma chama isso se espalhou,

cada veia em meu corpo, recebia saborosamente este líquido ardente,
cada músculo, reagindo em um ritmo indescritível,
e então, com toda essa chama entrei em combustão...

Meu corpo vibrava, quase entrando em combustão espontânea,
a cada toque, a pele se arrepiava,
não só a minha pele gelada,
eu sinto seu corpo reagir, ardendo com cada toque.

Sinto cada carícia que lhe faço, arder por debaixo de sua pele,
sua consciência se desfazer todas as vezes que meus lábios encontram os seus,
e nessa dança marcada pela luxúria e excitação, vemos o mundo incendiar.

Não só pelo físico, nossas almas também correspondem...
Os abraços que damos, nossos corpos em total contato,
deliramos a cada segundo...


E então, você recebe meu toque, com a respiração ofegante,
seus pulmões já se queimam a cada respirar,
seu coração salta em seu peito, mostrando o quanto você deseja isso,
sua pele queima, como se o incêndio de minhas veias fosse nosso...

Seu corpo, se move em tal ferocidade, e mesmo assim sutil,
apenas se encaixando ao meu, como se fossem feitos para estarem juntos agora,

Seus gemidos e suspiros, ardem em meus ouvidos, destruindo minha mente,
tornando tudo isso, inexplicavelmente prazeroso...

E então, nosso corpo se une, nessa dança,
o mundo se incendeia, e nada nos separa,
e nessa dança, nos queimamos, até os ossos...

Você, percebo o rio de fogo por debaixo de minha pele,
suas mãos, carinhosamente os alimenta,
e o incêndio, se propaga ainda mais feroz...

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Por favor, permita que eu fique livre de você...

Sabem de uma coisa? Eu realmente gostaria de entender o porquê de todo esse peso.
Eu pareço gostar de estar submerso em um mar de dor, e ainda manter tudo que me faz mal por perto.
Como se a minha própria natureza, sugasse essa coisa ruim pra dentro de mim, e esperasse a minha carne absorver, e aos poucos encontrar a morte.

Eu queria entender, o motivo de eu me sentir culpado, por palavras que não foram minhas.
Sentir-me livre de uma responsabilidade que nunca foi minha.
Não ter medo de um deus que não se importa.

Eu sei de todo o inferno que eu já passei, de todas as vezes que eu, ainda ferido por seus atos, ainda corri atrás de você. De todas as vezes que eu ainda tinha esperanças de que seria diferente, e que nada mudou.
Eu só queria não chegar a esta morte metafórica que me encontro, que toda esta dor não existisse.
Eu só queria não ter de sentir tudo isso, ao menos uma vez.

Então, por favor, pare de me destruir.
Por favor, permita que eu fique livre de você...