domingo, 20 de maio de 2012

Por detrás desta máscara


Estou abaixo de um oceano de dor,
meu corpo sucumbe a feridas que nunca irão cicatrizar,
ouvindo eternamente o adeus de minha sanidade.
Eu apenas vago em busca de uma consciência que sempre me tortura.


Você percebe no que se tornou a minha vida?
Eu não consigo mais ouvir a sua voz,
enquanto minha mente grita com todos estes cacos,
eu caio cada degrau, a uma velocidade que eu não consigo mais acompanhar.


Você mesmo não entenderia,
você ao menos se importaria,
mesmo que meu sangue cubra seu corpo,
você ao menos conseguiria ver todo sofrimento por detrás desta máscara.

Eu não acredito mais em milagres

Por que ainda mantenho esta droga de sorriso no rosto?
Por que ainda eu sinto toda esta dor que está em meu peito?
Por que diabos eu venho sofrendo por algo que eu não vou entender?


Eu não consigo mais respirar,
enquanto você vê este maldito sorriso, eu me acabo em um abismo,
que nem ao menos eu sei quando vai chegar ao fim.
Eu não acredito mais em milagres,
eu nem mesmo ligo para este seu Deus hipócrita.


Por que ainda me apego ao passado?
Fugindo de um presente que não me agrada, ou me mantém.
Mas não consigo mais erguer-me e lutar,
por uma realidade que vá me acolher.


Ainda não compreendo com eu continuo vivo,
sendo que tudo isto me corta, e me faz sentir pior.
Haverá alguma solução?
O que você consegue ouvir de onde está?
Milagres realmente não acontecem por aqui...

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Poesia


Não escrevam sobre sentimentos, eles não existem. Não somos mais humanos, não gostamos de sentir o sol aquecer a nossa pele. Não estamos debaixo da chuva quando ela cai gelada, arrepiando nosso corpo. Não gostamos de sorrir quando bate vontade, ou de correr, jogar tudo para o alto, enquanto éramos crianças. Não damos mais valor ao que importa, apenas ao materialismo. Realmente, não nos importamos se você está feliz ou triste, queremos apenas ouvir o quão mal você tem se sentido. Mas me esqueci, sentimentos não existem. Poesia? Muita futilidade. Já que não sentimos nada, por que razão existe algo que fala de algo que não existe. Que queimem todas, destrua o mínimo de humanidade que ainda nos resta. Não existe dor, não existe amor, não existe nada. Como não somos mais humanos, isto é apenas perda de tempo. Sentimentos não existem. Assim como humanos também não.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Darkness


Esta noite, mostre-me seu sorriso falso,
engane-me com as suas belas mentiras,
faça-me ouvir os gritos em mim
rasgue-me enquanto perco os sentidos de tanto prazer...


Minha alma está cheia,
tão suja de você,
que não consigo mais ouvir meu coração...


Arranque, todos os pensamentos de minha mente,
invada as minhas memórias, e destrua todas elas,
arranque, todo o sentimento de mim,
enquanto me afogo em seus braços...


Minha alma, despedaçada,
ama cada momento que,
com desprezo, é dilacerada nas sombras...


Diga todas as verdades que me escondi,

conte-me os segredos que nunca quis saber,
e destrua tudo em minha face,
enquanto me preencho desta escuridão que há em você...

Casa


A menos que eu faça algo, que eu consiga anestesiar esta dor,
minha cabeça gira, e não encaixa nenhum pensamento,
e esta noite, tudo parece tão mais escuro.


Eu tentei, fazer tudo isto antes,
remover a sombra dentro de mim,
mas só fiquei mais confuso,
os gritos em minha cabeça não me deixam mais dormir...


Eu não consigo lutar contra isso mais,
não enquanto quero arrancar meus olhos.
Você não poderia me mostrar um caminho?
Algum lugar que eu pudesse me sentir seguro, sentir-me em casa?




É como se não importasse...

Coisas difíceis passam por minha mente agora...
Me sinto tão longe de um caminho, tão perdido em intensões que não eram minhas...
Até quando sentirei essa agonia perfurando minha pele?
Enquanto você vê este sorriso, que sempre lhe agrada,

eu luto contra este demônios, aqui dentro,
crio cicatrizes que você nunca irá compreender.


Eu rasgo minha pele, removo toda a podridão de meus pensamentos obscuros,
arranco de um corpo, sem vida,
um último suspiro.
Eu me ergo, entre todo este lixo mental,
recrio aquela última vez que senti o sol em minha pele.


Eu vivo preso em cada pensamento profano,
em todas as mentiras obscenas que ouvi,
rodeado por tanto sangue que chega a me nausear.
Mas você não vê nada disto, é como se não importasse.

domingo, 6 de maio de 2012

Mentiras

Em algum dia, me verei livre de todo este inferno.

Em um dia, não haverá mais dor.
Eu poderia ver a luz do sol, me deitar na grama verde, e olhar o céu azul pela tarde toda.
Não haveria nada com facas, ou o que quer que seja,
ameaçando uma vida que já se perdeu.
Em um dia, meu olhos brilharão como os de uma criança,
eu poderei então sentir o vento em meu rosto, fechar os olhos,
e, como a muito não faço,
dormir horas despreocupado.
Um dia, eu não sentirei estas feridas que ninguém enxerga.
Não irei mais, sentir suas palavras ásperas,
cortando em minha alma, ou o que restou dela.
Talvez neste dia, eu possa sorrir,
não ver a hora passar. Sentir o mundo, e não ver mais tudo em escala de cinza,
sem vida. Assim como vejo por todo este tempo.
Um dia, vou me olhar no espelho, e não mais desejarei desaparecer.
Por ver este abismo, esta morte em meus olhos.
Um dia, minha mente vai parar de me torturar,
com todas as maldiçoes que você sempre jogou em mim.
Simplesmente, irei esquecer, como se isto nunca tivesse acontecido.
Um dia, não irei te perdoar.
Isso eu não consigo fazer.
Mas irei te esquecer. E todas as marcas que você fez, tentando me destruir.
Um dia, isso não significará mais nada.
Um dia, eu não apenas acreditarei, mas viverei,
todas estas mentiras que acabei de escrever...

Como?

Será assim tão difícil?
Como pode alguém, manter uma criatura presa em malditas mentiras?
Como você pode descarregar todo seu ódio em mim, sendo que eu não fiz mal em momento algum?
Eu queria não estar com isto em meu peito agora. Por Deus que não.
Ele tem visto tudo que eu venho enfrentando todo este tempo.
10 anos de agonia? Mais? Menos? Não importa. Ninguém liga. Apenas fecham os olhos.
Eu estive aqui, e senti todas as suas palavras cortarem minha pele,
enquanto seu sorriso, me dava náuseas.
Por Deus, eu quis, por tantas vezes, arrancar esse sorriso de seu rosto.
Te destruir por dentro, assim como você sempre fez.
Por Deus, este mesmo que não fez nada.
Este que oculta seus atos, e me faz passar como louco.
Não que eu me importe, já que você arrancou esta minha sanidade.
Junto com tudo de bom que um dia esteve aqui dentro.
Agora, conheça o inferno em que você me colocou.
Antes, eu queria apenas ficar livre.
Agora, eu quero apenas a sua ruína.