segunda-feira, 25 de julho de 2011

Desespero


Você ouve todas estas vozes?
Elas gritam todo o tempo,
Você pode fazer isto? Você pode mesmo viver em meio a tudo isto?
Enquanto durmo, elas gritam,
Enquanto limpo a bagunça feita por nosso sangue...

Diga-me, se o que corre em suas veias,
Pode saciar estas mentes famintas,
Pode enriquecer um espírito sem crença e esperança...
Pode afastar um fantasma de recordações e sonhos abandonados...
Tudo isto está certo?

Quando você se vai, se afasta de meus olhos...
Onde só consigo senti-la com um coração que não conhece a verdade...
Quando você caminha em direção a morte, com o sorriso de uma criança...
Quando o abismo está apenas a um passo de distância...
Quando você afunda em meio a todo este sofrimento,
Enquanto mostra um maldito sorriso, cega a toda perdição...
Você, mesmo em meio a isto, consegue me ouvir?


Você pode ouvir? Todos os lamentos enquanto morremos neste desespero?

Você pode sentir? Toda esta dor que corrói a nossa carne e profana a nossa alma?
Você pode realmente viver em meio a todo este tormento?
Enquanto morremos em meio a um tormento que não existe...

domingo, 17 de julho de 2011

O dia lindo que está lá fora...

Mesmo que haja um dia lindo lá fora, o sol esteja quente e agradável como nunca,
o céu esteja com um azul de textura indescritível, pássaros componham a mais bela música,
o ar esteja puro como nunca,
eu ainda estarei vendo tudo sem cor,
como aquela tarde chuvosa de terça-feira,
fria e melancólica...


Talvez seja algo em meus olhos, que não me permita sorrir como você,
ou então eu tenha perdido o brilho no olhar,
que eu só encontro em você...


Talvez esta distância, tenha me feito esquecer de algo bastante importante...
Sempre que eu penso, não consigo entender o que faz meu coração bater...
Mas agora, mesmo que tarde eu entendo...


Talvez, nem nos vejamos mais, no momento que você ler isto,
talvez seja melhor, ou não, ainda não posso entender a linha do tempo...
Mas ainda sim, me lembrarei, que a única forma de eu ver este mesmo dia belo lá fora,
sem toda esta melancolia que me cega,
era, e sempre foi, ao seu lado...


Ainda que você não esteja mais tão próxima a mim,
mas a única forma de eu estar bem,
é me perdendo em você, e com você...
Então deixe-me mais uma vez, abraçar-te, e sentir o dia lindo que está lá fora...



sexta-feira, 15 de julho de 2011

Frio

Por que eu não sinto mais frio?
Por que todos a minha volta tremem aos ventos, 
colocam facas em suas gargantas para expulsar esta sensação,
perdem sangue para conter algo que não existe?


Minha pele, queimada pelo gelo de seus olhos...
Mortificada pela solidão...
É incapaz de reagir ao frio...


Diga tudo que você gostaria de gravar em meu corpo,
com a mesma faca que você cometeu o suicídio da alma,
com o mesmo metal profano que conhece o seu sangue...


Espere toda esta tormenta acabar,
e venha me dizer todas as doces e falsas palavras,
enquanto eu tento entender o motivo de eu não sentir o frio carnal,
mas ter uma alma congelada e retalhada,
por todas estas mentiras...


Pegue meu coração, enquanto ele ainda bate e pulsa toda minha vitae...
Escolha seu melhor traje e me encontre em minha própria execução...


Por não partilhar do mesmo mundo que todos vocês,
por não sentir o vento cortar o meu rosto,
por enfrentar uma maldita tempestade dentro de minha mente,
e chorar enquanto você desperdiça a sua vida...
Por isso tudo, eu não sinto frio...
Por não conhecer o calor, não consigo entender o frio...

sábado, 9 de julho de 2011

Malditas Palavras Desnecessárias

Neste momento, eu queria que vocês evitassem estas palavras desnecessárias,
palavras que não vão causar nenhuma mudança, 
que vão apenas entrar por ouvidos surdos,
ou distantes demais para se importar,
Apenas guarde para algum tempo em que eu realmente deva ouvir isto,
ou talvez eu não estiver tão esgotado com tudo isto...


Se você não se incomodasse, neste momento pediria para desaparecer...
Claro que não de forma definitiva, apenas por alguns longos meses,
para que tudo que fosse banal se tornasse importante,
e tudo com importância se tornasse comum o suficiente para nós...
Não vou pedir que se afaste de mim, 
mas apenas seu silêncio seria de muitíssimo valor,
enquanto meço e me puno por meus pecados,
e esqueça de todos os seus.


Nada como isso me faz ficar tão longe o necessário para não ouvir mais a sua maldita voz em minha mente,
gritando palavras sem nexo ou sentido,
malditas palavras de um boca que até hoje só me enganou,
entregou-me a fúria e me fez conhecer o inferno pessoal.
Malditas palavras que me tiraram o sono por toda minha vida,
maldita existência que suportou até aqui mesmo depois de tantos cacos de vidro...